O Capitão América

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Para quem me conhece não é novidade que o Steve Rogers sempre foi o meu herói de comics, e até mesmo do UCM, favorito. Por isso, irei inaugurar o quadro de cosmovisão analisando o perfil do famoso e aclamado Capitão América.

Conhecido como o sentinela da liberdade, o Capitão América, desde de sua estreia em março de 1941, mostrou para que ele foi criado.

Nunca foi mistério, nem mesmo nos filmes, o seu posicionamento patriota e até mesmo conservador. A prova disso, é que seus criadores fizeram questão de marcar o dia 4 de julho de 1920 como o nascimento do Steve.

O nosso querido Rogers era filho de dois pobres imigrantes irlandeses que acabaram morrendo por causa da Grande Depressão americana. Steve cresceu num lar abusivo. Ele presenciava, sem poder fazer nada, a violência de seu pai acoólatra e que não queria arrumar um emprego. E é nisto que vemos a primeira coisa incrível na vida dele. 

Certa vez, Steve perguntou para sua mãe o motivo dela nunca desistir de tentar mudar seu marido. E Sarah, sua mãe, respondeu-lhe: “Uma pessoa nunca desiste”. 

E esse acabou se tornando o lema inspirador com que Capitão América sempre viveu sua vida.

Mas o que me chama mais atenção nessa parte da estória é que mesmo com um lar destruído, sua mãe não desiste do seu pai. 
Vemos em 1 Pedro 3.1 o apóstolo aconselhando às mulheres a nunca desistirem de seus maridos e as estimulando a continuar sendo submissas mesmo que eles ainda sejam incrédulos, para que os maridos pudessem ver o poder do evangelho através das vidas delas.
Veja: “Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa” (ARA).

É bem verdade que os criados dos quadrinhos não tiveram esse princípio como base quando pensaram nessa cena. Porém, podemos tirar coisas nessa atitude de Sarah que as Escrituras sempre defenderam.
Sarah poderia ter desistido do seu casamento, mas não. Apesar do divórcio ainda não ser bem visto na época que a estória se passa, ela responde com um “uma pessoa nunca desiste”.
Ela não negocia a vida do seu marido em troca de sua paz.

Após a morte dos seus pais, Steve passou grande parte de sua vida sozinho, até o momento em que ele encheu-se de vontade de entrar para o exército. E por causa dos sábios ensinamentos de sua mãe, Rogers nunca desistiu da vida de militar, mesmo sendo reprovado diversas vezes pelo exército por causa de sua fragilidade física.

E é impossível não olhar para essa parte da história do capitão América e não lembrar da verdadeira masculinidade. É bem verdade que Steve estava solteiro, mas ele agiu como um homem solteiro deveria agir nessa situação. Não foi covarde e nem desistiu de querer defender a sua pátria mesmo sendo raquítico. Seria uma maravilha se os homens de hoje não se escondessem atrás de fragilidades ridículas. 

Hoje temos homens que choram em posição fetal abraçando travesseiros. São homens com uma masculinidade fraca, que se estivessem na mesma que a situação de Rogers, o Capitão América nunca teria existido, como o conhecemos. 

Após muitas reprovações, finalmente ele é selecionado para o Projeto Renascimento, o grande responsável pela criação do super-soldado.

Mas por que o Steve Rogers? 

O Dr. Erskine, no filme “Capitão América: o Primeiro Vingador”, fala a razão da escolha:

“Um homem forte que sempre conheceu o poder, pode perder o respeito por esse poder. Mas o homem fraco conhece o valor da força e conhece a compaixão.”

Além disso, no mesmo filme, o Dr. Erskine diz que busca qualidades além das físicas ao ser questionado pelo coronel do porquê Steve foi o escolhido. É quando o coronel diz que “não se ganha a guerra com gentileza, se ganha a guerra com coragem”, e nessa hora joga uma granada falsa. Todos se afastam, menos Rogers, que se deita sobre a granada, fazendo-se de escudo para salvar a todos.

Steve Rogers foi escolhido por sua coragem e por sua compaixão. Ele era um homem com bons princípios, princípios que até se aproximam dos princípios das Escrituras, e isso é o que torna o Capitão América uma figura interessante. Ele é um cara extremamente cabeça dura (principalmente nas HQs) e as vezes até chega a ser teimoso, mas ele nunca larga os seus princípios para ser “legal” (leia-se: bem aceito). 

Sim, no decorrer da história do Capitão, vemos que ele tem defeitos e pecados, em especial durante sua juventude. Rogers muitas vezes era orgulhoso e o seu destemor diante de qualquer coisa mostra como no fundo ele confiava na força no próprio braço para vencer as lutas.

Contudo, nada disso o impediu de ser digno de levantar o Mjölnir, o martelo de Thor. Por isso o Thor congratula o Capitão nas HQs, por ter um coração puro e nobre o suficiente para ser digno de levantar o artefato.

Em tudo isso, podemos ver como o Cap carrega muitos princípios bíblicos em si, que nós, meninas, deveríamos buscar nos homens com quem nos relacionamos e encorajá-los e auxiliá-los a desenvolver. Ele é o melhor herói da Marvel para mim, pois é o maior expoente de uma vida pautada da cosmovisão cristã dentro dela. Que nos tornemos tão dedicados, leais e morais como o Capitão América, Steve Rogers.

“Só há um Deus e ele não se veste assim.”
“Não negociamos vidas” 

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