Precisamos Falar Sobre Culto

09:58



Quando o homem tenta acrescentar ou retirar qualquer elemento do culto – citado no Princípio Regulador do Culto – com o intuito de chamar atenção das pessoas para a conversão, está se virando para Deus e dizendo: “Eu não confio somente no Evangelho. Esta mensagem é fraca e eu vou convencer  pessoas de outro jeito, através da força do meu próprio braço.”

Quanta prepotência.

Achar que é o visual mais moderno e a liturgia mais dinâmica da igreja que vai chamar atenção das pessoas para o Evangelho, é não só um terrível engano, mas é quebra de mandamento igualmente. 
O Catecismo Maior de Westminster, ensinando acerca dos deveres exigidos no primeiro mandamento, em suma nos fala que devemos crer, confiar e prestar toda a obediência e submissão ao Senhor. Quando fugimos disso, pecamos.

O homem que confia no pragmatismo para o crescimento (numérico) de uma igreja, não está confiando naquilo que Paulo escreveu a Timóteo: “Toda a Escritura é inspirado por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para correção, para educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda a boa obra” (2 Tm 3:16-17).

Não confiar que as Escrituras nos mostram a melhor forma de cultuarmos a Deus e de apresentarmos o Seu Evangelho genuíno aos ímpios, é negar o Sola Scriptura (somente as Escrituras). É adotar a ideia de que a Bíblia só serve para alguns pontos que agradam a igreja; mas para os pontos que vão mexer nos pecados dos que comparecem nos cultos, ela não precisa ser citada., E isso nos leva a outra quebra de mandamento.

"O  mandamento exige que recebamos, observemos e guardemos puros e inteiros todo o culto e ordenanças religiosas que Deus instituiu na sua Palavra." (Breve Catecismo de Westminster, Pergunta 50)

Quando nos calamos e separamos apenas o que nos convém das Escrituras, estamos oferecendo ao Senhor um culto falso e, em Malaquias, as Escrituras nos mostram que quando um culto falso — que não é feito do jeitt que Deus exige — é oferecido a este Deus santo, o mesmo prefere que as portas desse templo sejam fechadas só para que Ele não tenha o desgosto de ver tal coisa.

Nós precisamos entender que não é oferencendo para as pessoas um culto mais “cool”, que conduziremos pessoas ao arrependimento. Precisamos entender e zelar pela verdade de que o culto é prestado ao Senhor e não aos homens e seus caprichos.

Precisamos entender que o poder para convencer as pessoas do pecado que cometeram, da justiça em Cristo e do juízo vindouro pertence unicamente ao Espírito de Deus (Jo 16.8-11). Nossos apelos por si sós, no máximo, podem gerar empatia e remorso – mas não arrependimento (metanoia).

Por fim, precisamos entender que a igreja não será, e não deve ser, amada pelo mundo. Não somos apenas peregrinos aqui, mas embaixadores do Rei ao qual os filhos da ira se fizeram inimigos. O livro de Apocalipse é muito claro ao falar sobre a tribulação que a igreja viverá próximo da volta do nosso Senhor Jesus.

Clamemos, então, para que o nosso Deus tenha misericórdia da nossa igreja, e que Ele nos volte dia após dia para Sua vontade – e assim O agrademos e glorifiquemos com nossas vidas e cultos. Que o Senhor seja louvado em nossas reuniões, e não a própria igreja.

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